Jovens do Sul do Brasil apostam em mestrados nos EUA para ampliar carreiras acadêmicas

Estudantes universitários do Sul do Brasil vêm se destacando na busca por formação avançada no exterior, especialmente nos Estados Unidos, reforçando a presença da região no cenário científico global. Dados recentes da UNESCO indicam que cerca de 89 mil brasileiros estudam no exterior, enquanto a Open Doors Report 2023/24 aponta mais de 16,800 brasileiros nos EUA, consolidando o país como um dos principais destinos.
No Sul, instituições como a UFPR (Universidade Federal do Paraná) e a Unisinos (RS) promovem programas de pós-graduação e estágios internacionais. A UFPR, por exemplo, participa de acordos com universidades norte-americanas e facilita intercâmbio para mestrandos, inclusive com bolsas CAPES, contribuindo para a integração internacional dos acadêmicos.
Um exemplo de destaque dessa nova geração de pesquisadores do Sul que desembarcam nos EUA é Pedro Henrique da Silva Parmezani, natural de São Paulo, mas que representa toda essa força brasileira. Formado Magna Cum Laude em Física Aplicada e Matemática na West Virginia Wesleyan College, com GPA 3,84, ele foi agraciado com prêmios de destaque como Outstanding Physics/Engineering Award 2025 e Senior Academic and Leadership Achievement Award, além de integrar o seletivo All-Mountain East Conference Academic Team.
Com bolsa da SURE, Pedro conduziu um estudo sobre atenuação de radiação gama em materiais como chumbo, cobre e plásticos, uma pesquisa de grande impacto para setores como saúde, energia nuclear e exploração espacial. “Em viagens espaciais, onde cada grama importa, descobrimos que plásticos leves podem proteger quase tanto quanto metais pesados”, afirma .
Agora mestrando em Engenharia de Sistemas nos EUA, Pedro busca unir inovação, inteligência artificial e otimização a problemas reais, consolidando sua trajetória acadêmica de alta performance.

A presença de mestrandos e doutorandos do Sul em programas internacionais tem efeito direto no aumento da competitividade da região. A Unisinos, por exemplo, integra parcerias com universidades estrangeiras via seu parque tecnológico TECNOSINOS, atraindo estudantes e pesquisadores para experiências globais.
Para especialistas em mobilidade internacional, a internacionalização acadêmica traz pesquisa de ponta, redes profissionais globais e elevação do padrão de formação local. Dados do UNESCO e IIE indicam que o número de brasileiros em programas de pós-graduação no exterior passou de 4.752 (22 %) em 2021/22 para 4.908 (31 %) em 2022/23. Esse movimento beneficia diretamente centros de ensino do Sul, que recebem o retorno de alunos com experiência e conexões internacionais.
Pedro passa a ser referência: versátil, poliglota e ex-capitão de time de futebol universitário (NCAA), ele traz uma dimensão de liderança, trabalho em equipe e excelência científica, atributos que enriquecem o cenário acadêmico regional.

Sua mensagem é inspiradora:
“Começar com medo é normal, o importante é não permanecer nele. Saia da zona de conforto e esteja sempre aberto a aprender.”
Com trajetórias como a de Pedro, o Sul do Brasil reafirma seu protagonismo na construção de um futuro acadêmico globalmente conectado, inovador e promissor.